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Separação durante a pandemia

  • Foto do escritor: Inês Caprichoso
    Inês Caprichoso
  • 6 de out. de 2021
  • 2 min de leitura

Atualizado: 27 de out. de 2021


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Muitas pessoas me perguntam se notei um aumento de separações durante a pandemia. A resposta é, infelizmente, afirmativa.


Agora com o regresso gradual da normalidade, continuo com muitos clientes, cuja decisão da separação provém ainda dos tempos do confinamento, mas que só agora decidiram avançar.

A nível psicológico e social, certamente ainda muitos estudos serão conduzidos acerca do impacto do confinamento e da própria pandemia nos casais.


Contudo, apenas me posso pronunciar sobre o meu pequeno universo de clientes, que aumentou durante a pandemia e que trouxe toda uma série de novas questões.


Alguns casais tiveram muita dificuldade em adaptar-se à separação porque não conseguiram vender as suas casas e comprar ou arrendar outra casa. O mercado imobiliário também sofreu algumas alterações, tendo até havido uma fase em que não existiam visitas presenciais, o que dificultou bastante a vida a quem se decidiu separar nessa altura. A organização dos tempos com as crianças também se tornou num enorme desafio, com pais separados a terem que gerir isolamentos profiláticos e telescola. Não raras vezes as crianças tiveram que ficar mais tempo com um dos progenitores, porque entraram em isolamento profilático. E isto apenas no que toca ao relacionamento entre pais e filhos. Quando chegamos ao relacionamento com avós, família alargada e amigos, outros tantos conflitos surgiram entre os progenitores separados.


Em relação à separação durante a pandemia, devo referir que os casais que tive entre mãos estão de parabéns. Por um lado, pela coragem que demonstraram numa fase, já por si, muito difícil. Por outro, pela maturidade com que foram gerindo toda a situação. Confesso que foi uma fase muito atribulada e com muitos novos desafios e tenho uma infinita admiração por quem se conseguiu adaptar bem a esta nova fase na condição de “separado/a”.


Julgo poder afirmar que a separação durante a pandemia foi (e talvez continua a ser, pelo menos até regressarmos totalmente à normalidade) um desafio ainda maior do que a separação anterior à pandemia.


Aos casais que passaram por esta experiência só posso desejar que o tenham feito (e continuem a fazer) da forma mais pacífica e madura que conseguirem. E, claro, se precisarem, mediação é a solução!


Inês Caprichoso - Mediadora


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© 2021 Inês Caprichoso - Mediadora

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